Comunidade de Prática no ambiente escolar: questionário como instrumento de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.26843/rencima.v14n3a06Palavras-chave:
Formação de Professores, Questionário Survey, Ambiente ColetivoResumo
Este artigo relata os caminhos para a construção e a validação de um instrumento de pesquisa que identifique a emergência de Comunidades de Prática (CoP) em ambientes de Educação Básica. Para tal, tem-se como percurso metodológico, pesquisas quali-quanti, com a confecção de questionários survey. A versão final do instrumento foi possível após validações, adaptações e testes de layout. Como resultado, obteve-se um questionário eletrônico com 32 itens de respostas em escala Likert e 1 questão dissertativa. Estas relacionam os quatro pilares fundamentais de uma CoP (engajamento mútuo, empreendimento conjunto, repertório compartilhado e senso de identidade e pertencimento) a oito espaços escolares constituídos por um coletivo docente. Após a aplicação online, em 2021, com professores atuantes na Educação Básica, o questionário viabilizou identificar efetivamente ambientes escolares longínquos da formação de uma CoP, que se aproximam desta e fortes constituidores de uma.
Downloads
Referências
AAKER, D. A.; KUMAR, V.; DAY, G. S. Marketing Research. 7 ed. New York: John Wiley & Sons, 2001.
BELINE, W. Formação de professores de matemática em comunidades de prática: um estudo sobre identidades. 2012. 312f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) — Universidade Estadual de Londrina. Londrina.
BOLZANI JÚNIOR, G. M. Aprendizado em comunidades de prática como fator estruturante de processos participativos de inovação e desenvolvimento local: estudo de caso a implantação da metodologia DTR em São Mateus do SulPR. 2004. 259f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) — Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná. Curitiba.
CASAVECHIA, C; PASQUINI, A. S. A importância da discussão do Projeto Político Pedagógico no curso de Formação de Docentes. Caderno PDE, Londrina, v. 1, p. 1-17, 2015.
CAVALCANTI, M.; GOMES, E.; PEREIRA, A. Gestão de empresas na sociedade do conhecimento: um roteiro para a ação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
CUNHA, R. O. C. B.; BARBOSA, A. Trabalho coletivo e colaborativo na escola: condições e princípios de trabalho. Educação Unisinos, São Leopoldo, v. 21, n. 3, p. 306-314, set./dez. 2017.
EISNER, E. W. On the differences between scientific and artistic approaches to qualitative research. Educational Researcher, v. 10, n. 4, p. 5-9, 1981.
ENGELMAN, R., SCHREIBER, D.; BOHNENBERGER, M. C.; BESSI, V. G. Aprendizagem em comunidades de prática: estudo em um grupo de pesquisa. Contextus, v. 15, n. 2, p. 34-58, maio/ago. 2017.
ESTEVAM, E. J. G.; CYRINO, M. C. de C. T.; OLIVEIRA, H. Desenvolvimento do Conhecimento Estatístico para ensinar a partir da análise de tarefas em uma comunidade de professores de Matemática. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 32-51, 2018.
ESTEVAM, J. G.; CYRINO, M. C. de C. T. Comunidades de Prática como contexto para o desenvolvimento profissional docente em Educação Estatística. Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 1291-1317, 2016.
ESTEVES, M. Sentidos da inovação pedagógica no ensino superior. In: LEITE, C. (Org). Sentidos da pedagogia no ensino superior. Porto: Livpisc, 2010, p. 45-61.
FREITAS, L. C. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas: Papirus, 1995.
FRISON, M. D.; VIANNA, J.; CHAVES, J. M.; BERNARDI, F. N. Livro didático como instrumento de apoio para construção de propostas de ensino de Ciências Naturais. In: Anais do 7º Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências. Florianópolis: ENPEC, 2009, p. 1-13.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LAVE J.; WENGER, E. C. Situated Learning: Legitimate Peripheral Participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.
MARANHÃO. Secretária de Estado da Educação. Colegiado escolar: consolidação da gestão democrática. São Luis: SEE, 2016.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
NAGY, M. C. Trajetórias de aprendizagens de professoras que ensinam matemática em uma Comunidade de Prática. 2013. 197f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) — Universidade Estadual de Londrina. Londrina.
PACIFICO, M.; DIAS, A. C.; ALMEIDA, T. C. O trabalho coletivo pedagógico e os fatores para sua não efetivação. Ipê roxo, Jardim, n. 1, p. 29-47, 2019.
PAPI, S. O. G.; MARTINS, P. L. O. Professoras iniciantes e o trabalho coletivo em reuniões pedagógicas. Currículo sem Fronteiras, v. 19, n. 1, p. 39-59, jan./abr. 2019.
PAULINO, R. C. R. Uma abordagem para apoio à gestão de comunidades virtuais de prática baseada na prospecção de participantes ativos. 2011. 222f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) — Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis.
PEREZ, L. F. Antropologia das efervescências coletivas. In: PASSOS, M. (Org). A festa na vida: significado e imagens. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 15-58.
RAMOS, W. R.; MANRIQUE, A. L. Comunidade de Prática de Professores que Ensinam Matemática como Espaço de Negociações de Significados sobre a Resolução de Problemas. Bolema, Rio Claro, v. 29, n. 53, p. 979-997, dez. 2015.
RODRIGUES, M. U.; SILVA, L. D.; MISKULIN, R. G. S. Conceito de Comunidade de Prática: um olhar para as pesquisas na área da Educação e Ensino no Brasil. Revista de Educação Matemática, São Paulo, v. 14, n. 16, p. 16-33, jan./jun. 2017.
SADALLA, A. M. F. A.; SÁ-CHAVES, I. Constituição da reflexividade docente: indícios de desenvolvimento profissional coletivo. Educação Temática Digital, Campinas, v. 9, n. 2, p. 189-203, 2008.
SOUSA, J. V.; CORREA. J. Projeto pedagógico: a autonomia construída no cotidiano da escola. In: VIEIRA, S. l. (Org). Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 47-75.
TEDDLIE, C.; TASHAKKORI, A. Foundations of Mixed Methods Research: Integrating quantitative and qualitative approaches in the social and behavioral sciences. California: Sage, 2009.
VARGHESE, M.; MORGAN, B.; JOHNSTON, B.; JOHNSON, K. Theorizing language teacher identity: Three perspectives and beyond. Journal of Language, Identity and Education, v. 6, n. 4, p. 21-44, 2005.
VOGT, G. Z.; MOROSINI, M. C. Formação continuada de professores e reunião pedagógica: construindo um estado de conhecimento. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 20, n. 1, p. 24-37, jan./jun. 2012.
WENGER, E. C. Communities of Practice: Learning, Meaning, and Identity. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
WENGER E. C. Communities of Practice and Social Learning Systems: the career of a concept. In: BLACKMORE, C. (Org.). Social Learning Systems and Communities of Practice. London: Springer, 2010. p. 179-198.
WENGER, E. C.; McDERMOTT, R.; SNYDER, W. M. Cultivating Communities of Practice: a guide to managing knowledge. Boston: Harvard Business School Press, 2002.
WILBERT, J. K. W.; DANDOLINI, G. A.; STEIL, A. V. Transformações Conceituais de Comunidades de Prática da Aprendizagem Situada à Gestão Organizacional. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 8, n. esp., p. 102-117, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.