Epistemologias da Educação Matemática: reflexões entre pós-graduandos em nível de Mestrado e Doutorado
DOI:
https://doi.org/10.26843/rencima.v13n4a19Palavras-chave:
Educação Matemática, Epistemologias, Pós-Graduação Stricto SensuResumo
Este artigo apresenta um panorama teórico sobre Epistemologias da Educação Matemática e reflexões acerca de algumas concepções epistemológicas da Educação Matemática para pós-graduandos. Realizou-se a partir de uma revisão bibliográfica, na qual evidencia-se a variedade de compreensões que podem ser produzidas sobre a temática. Recorreu-se, ainda, às respostas de pós-graduandos quando questionados sobre suas concepções epistemológicas; as discussões concernentes a essas concepções da Educação Matemática são apresentadas sob três aspectos: compreensão das produções de conhecimentos na Educação Matemática; compreensão das implicações para os aspectos profissionais; e compreensão da pesquisa e do campo de investigação. Essas reflexões indicam uma necessidade de compreensão e reconhecimento de diferentes perspectivas epistemológicas da Educação Matemática. Além de ressaltar a pluralidade e diversidade dessas concepções, bem como a importância de estabelecer um compromisso com o avanço profissional e científico da Educação Matemática.
Downloads
Referências
ALMOULOUD, Saddo Ag. Fundamentos da didática da matemática. Curitiba: UFPR, 2007.
BECKER, Fernando. Epistemologia do professor de matemática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa em Educação Matemática. Pro-posições, Campinas, vol. 4, n. 1, p. 18-23, mar. 1993.
BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Filosofia da Educação Matemática: fenomenologia, concepções, possibilidades didático-pedagógicas. São Paulo: Editora UNESP, 2010.
BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa qualitativa segundo a visão fenomenológica. São Paulo: Cortez, 2011.
BICUDO, Maria Aparecida Viggiani; VENTURIN, Jamur Andre. Filosofando sobre Educação Matemática. Perspectivas da Educação Matemática, Campo Grande, v. 9, n. 20, p. 278-306, dez. 2016.
BLUMER, Herbert. A natureza do interacionismo simbólico. In: MORTENSEN, C. David. Teoria da comunicação: textos básicos. São Paulo: Mosaico, 1980, p.119-138.
BURAK. Dionísio; KLÜBER, Tiago Emanuel. Educação matemática: contribuições para a compreensão da sua natureza. Acta Scientiae, Canoas, v.10, n.2, p. 93-106, jul./dez. 2008.
CABRERA, Migdalia Rodríguez; ARAÚJO, Mauro Sérigio Teixeira de. Análise das políticas educacionais na Pós-graduação Stricto-Sensu no âmbito da formação continuada de professores. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, São Paulo, v. 9, n. 3, p. 21-37, abr./jun. 2018.
CASTILLO, Sandra; ARRIETA, Ligia; RODRÍGUEZ, María Elena. Epistemología y Método en Educación Matemática. Revista COPÉRNICO, Puerto Ordaz, Año III, n. 4, p. 51-58, Enero/Junio, 2006.
CHEVALLARD, Yves. Steps Towards a New Epistemology in Mathematics Education. IUFM d’Aix-Marseille, France, 2006.
CHEVALLARD, Yves. A teoria antropológica do didático face ao professor de matemática. In: ALMOULOUD, Saddo; FARIAS, Luiz Márcio Santos; HENRIQUES, Afonso. A teoria antropológica do didático: princípios e fundamentos. Curitiba: CRV, 2018, p. 21-40.
D'AMORE, Bruno; GODINO, Juan. El enfoque ontosemiótico como un desarrollo de la teoría antropológica en Didáctica de la Matemática. Revista Latinoamericana de Investigación en Matemática Educativa, Ciudad de México, v. 10, n. 2, p. 191-218, jul. 2007.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática, justiça social e sustentabilidade. Estudos Avançados. São Paulo, v. 32, n. 94, p. 189-204, set./dez. 2018.
DUVAL, Raymond. Registros de representação semiótica e funcionamento cognitivo do pensamento. Tradução de Méricles Thadeu Moretti. Revista Eletrônica de Educação Matemática, Florianópolis, v. 7, n. 2, p. 266-297, dez. 2012.
FERREIRA, Liliana Soares. Educação, paradigmas e tendências: por uma prática educativa alicerçada na reflexão. Revista Ibero-Americana de Educación, Madrid, v. 33, n. 3, p. 1-9, dez. 2003.
FIORENTINI, Dario; LORENZATO, Sergio. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas: Autores Associados, 2006.
FRANKENSTEIN, Marilyn. Educação Matemática crítica: uma aplicação da epistemologia de Paulo Freire. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (Org). Educação Matemática. São Paulo: Centauro, 2005. p. 101-140.
GATTI, Bernardete Angelina. A construção metodológica da pesquisa em educação: desafios. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, Brasília, v. 28, n. 1, p. 13 34, jan./abr. 2012.
HEIDEGGER, Martin. Introdução à metafísica. 3. ed. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1987.
KLÜBER, Tiago Emanuel. Modelagem Matemática e Etnomatemática no contexto da Educação Matemática: aspectos filosóficos e epistemológicos. 2007. 151f. Dissertação (Mestrado em Educação) — Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes. Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa.
KLÜBER, Tiago Emanuel. Uma metacompreensão da Modelagem Matemática na Educação Matemática. 2012. 396f. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica) — Centro de Ciências Físicas e Matemática. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
MANDLER, Marmei Luis; AMARAL, Aruana do; GOMES, Maria Alexandra Oliveira; SANTOS, Luciane Mulazani dos. A Epistemologia da Educação Matemática e o conhecimento do professor de Matemática. In: COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 2016, Joinville. Anais do II COLBEDUCA. Joinvile: UDESC, 2016, p. 97-111.
MATOS, José Manuel; VALENTE, Vagner Rodrigues. Estudos comparativos sobre a reforma da Matemática Moderna. In: MATOS, José Manuel; VALENTE, Vagner Rodrigues (Org.). A reforma da Matemática Moderna em contextos iberos-americanos. Óbidos, Portugal: UIED, 2010, p. 1-8.
NINOW, Valmir; KAIBER, Carmen Teresa. Enfoque Ontosemiótico: Uma análise do conceito de Função. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 2016, São Paulo. Anais do XII ENEM: Educação Matemática na Contemporaneidade: desafios e possibilidades, São Paulo: UNICSUL, 2016, p. 1-12.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 2012.
RIUS, Elisa Bonilla. Educación Matemática: una reflexión sobre su naturaleza y sobre su metodología (segunda y última parte). Educación Matemática, Guadalajara, v.1, n. 3, p.30-36, dic. 1989.
ROSSA, Adriana Angelim; ROSSA, Carlos Ricardo Pires. A perspectiva enatista e relações sociointeracionistas da aquisição da linguagem. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 46, n. 3, p. 18-21, set. 2011.
ROSA, Milton; OREY, Daniel Clark. Abordagens Atuais do Programa Etnomatemática: delineando um caminho para a ação pedagógica. Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, v. 19, n. 26, p. 1-26, 2006.
SALDAÑA, Natividad Nieto; MIRANDA, Juan de Dios Viramontes; HERNÁNDEZ, Francisco López. ¿Qué es matemática educativa? Cultura Científica Y Tecnológica, Ciudad Juárez, Año 6, n. 35, p. 16-21, nov./dic., 2009.
SIERPINSKA, Anna; LERMAN, Stephen. Epistemologies of mathematics and of mathematics education. In: Alan J. Bishop et al. (Eds.). International Handbook of Mathematics Education. Volume 4. Dordrecht: Kluwer, 1996, p. 827-876.
SKOVSMOSE, Ole. Educação Crítica: Incerteza, Matemática, Responsabilidade. São Paulo: Cortez, 2007.
STEIN, Edith. Textos sobre Husserl e Tomás de Aquino. Tradução de Ursula Ane Matthias et al. São Paulo: Paulus. Coleção Obras de Edith Stein, 2019.
WICHNOSKI, Paulo. Fenomenologia da Investigação Matemática na Educação Matemática. 2021. 215f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Educação Matemática) — Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Cascavel.