Mulheres Na Ciência: o uso do teatro de fantoches como possibilidade para divulgar a cientista brasileira Bertha Lutz nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26843/rencima.v13n2a05

Palavras-chave:

Anos Iniciais, Atividades Lúdicas, Fantoches, Mulheres Cientistas, Ensino de Ciência

Resumo

Historicamente as mulheres foram invisibilizadas na História da Ciência. Nesse sentido, surge a necessidade de propor práticas pedagógicas para que essas discussões sejam incorporadas no Ensino de Ciências para divulgar e valorizar o protagonismo das Mulheres na Ciência. Assim, esta pesquisa teve como pretensão divulgar a cientista brasileira Bertha Lutz e avaliar a concepção sobre Ciência de estudantes do 3° Ano do Ensino Fundamental. Tal investigação assume caráter de pesquisa em Educação, com recorte na Ciência, de natureza qualitativa do tipo exploratória. Para a análise dos dados, foram adotadas algumas orientações a partir da Análise de Conteúdo. Quanto aos resultados obtidos, emergiram duas categorias de análise: I — Concepções de Crianças acerca da Ciência: do laboratório ao gênio de jaleco e II — Como crianças percebem a presença de Mulheres na Ciência. Ademais, identificou-se a necessidade de maiores discussões sobre Mulheres na Ciência e História da Ciência no Ensino de Ciências

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, S; A; GIORDAN, M. A revista Ciência Hoje das Crianças no letramento escolar: a retextualização de artigos de divulgação científica. Educação e Pesquisa [online São Paulo, v. 40, n. 4, p. 999-1014, 2014.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BENCHIMOL, J. L.; SÁ, M. R.; ANDRADE, M. M. de e GOMES, V. L. C.: Bertha Lutz e a construção da memória de Adolpho Lutz. História, Ciências, Saúde Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 203-50, jan.-abr, 2003.

BENEDITO, F. O. Intrusas: uma reflexão sobre mulheres e meninas na ciência. Cienc. Culto. São Paulo, v. 71, n. 2, p. 06-09, 2019.

BRASIL. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Séries históricas até 2012: quantitativos de bolsas por sexo. Brasília, 2012.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mulheres são maioria na Educação Superior brasileira. Brasília: Inep, 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo da educação superior 2019. Out, 2020.

BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública/Secretaria Nacional de Segurança Pública. Secretaria Nacional de Segurança Pública (ed.). Pesquisa Perfil: Policiais Militares do Brasil. 2020.

CACHAPUZ A. et al. A necessária renovação do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 2005.

CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (2017). Geocapes. Disponível em https://geocapes.capes.gov.br/geocapes; acesso em: 08 jun. 2021.

CAVALLI, M. B.; MEGLHIORATTI, F. A. A participação da mulher na ciência: um estudo da visão de estudantes por meio do teste DAST. ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 3, p. 86-107, set./dez. 2018.

CHALMERS, A. F. O que é Ciência, afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.

CHAMBERS, D. W. Stereotypic images of the scientist: The Draw-aScientist Test. Science education, v. 67, n. 2, p. 255-265, 1983.

CHASSOT, A. A Ciência é masculina? É, sim senhora!. São Leopoldo: Editora Unisinos. 2017.

CHEVALLARD, Y. La transposition didactique: du savoir savant au savoir enseigné. Paris: La Pensee Sauvage, 1991.

CONCEIÇÃO, V. L. da; ZAMORA, M. H. R. Navas Desigualdade social na escola. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 32, n. 4 p. 705-714, 2015.

FORATO, T. C. M. A Natureza da Ciência Como Saber Escolar: um estudo de caso a partir da história da luz. 2009, 220f. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo.

GARCÍA, M. I. G.; PÉREZ SEDEÑO, E. Ciência, tecnologia e gênero. In: SANTOS, L. W. dos; ICHIKAWA, E. Y.; CARGANO, D. de F. (Org.). Ciência, tecnologia e gênero: desvelando o feminino na construção do conhecimento. Londrina: IAPAR, 2006. P. 33-72.

GOLDSCHMIDT, A. I.; GOLDSCHMIDT JÚNIOR, J. L.; LORETO, É. L. S. Concepções referentes à ciência e aos cientistas entre alunos de anos iniciais e alunos em formação docente. Contexto & Educação, Ijuí, v. 29, n. 92, p. 132-164, jan./abr, 2014.

GOLDSCHMIDT. A. I. O ensino de Ciências nos anos iniciais: sinalizando possibilidades de mudanças. 2012. 226 p. Tese (Doutorado em Educação em Ciências) - Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria.

GOMES-MALUF, M. C.; SOUZA, A. R. de. A ficção científica e o ensino de ciências: o imaginário como formador do real e do racional. Ciência & Educação, Bauru, v. 14, n. 2, pp. 271-282, 2008.

KOVALESKI, N. V. J. et. al. As relações de gênero na História das Ciências: A participação feminina no Progresso Científico e Tecnológico. Revista Emancipação, Ponta Grossa. v. 13, n. 3, p. 9-26, 2013.

LETA, J. As mulheres na ciência brasileira: crescimento, contrastes e um perfil de sucesso. Estudos Avançados, São Paulo, v. 17, n. 49, p. 271-284, 2003.

LÔBO, Y. Bertha Lutz. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Massangana, 2010.

LOGUERCIO, R.; DEL PINO, J. C. Contribuições da História e da Filosofia da Ciência para a construção do conhecimento científico em contextos de formação profissional da química. Acta Scientiae, Porto Alegre, v. 8, n.1, 2006.

LOPES, M. M. Aventureiras nas ciências: refletindo sobre gênero e história das ciências naturais no Brasil. Cadernos Pagu, Campinas, n. 10, p. 345-368, 1998.

LOPES, M. M. Proeminência na mídia, reputação em ciências: a construção de uma feminista paradigmática e cientista normal no Museu Nacional do Rio de Janeiro. História, Ciências, Saúde, Rio de Janeiro, v.15, supl., p.73-95, jun, 2008.

LÜDKE, M. ANDRÉ, M. E. D. A Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2003.

MARTINS, A. F. História e Filosofia da Ciência no ensino: há muitas pedras nesse caminho. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 112-131, 2007.

MASSARANI, L.; CASTELFRANCHI, Y.; PEDREIRA, A. E. Cientistas na TV: como homens e mulheres da ciência são representados no Jornal Nacional e no Fantástico. Cadernos Pagu, São Paulo, v., n. 56, p 1-34., 2019.

MELO, H. P.de; RODRIGUES, L. M. C.de S. Pioneiras da Ciência no Brasil. Rio de Janeiro: SBPC, 2006.

MILLER, D.I., NOLLA, K.M., EAGLY, A.H. and UTTAL, D.H. The Development of Children's Gender‐Science Stereotypes: A Meta‐analysis of 5 Decades of U.S. Draw‐A.‐Scientist Studies. Child Dev, New York, v. 89, n 1, p. 1943-1955, 2018.

MONTENEGRO, B.; FEITAS, A. L. P.; MAGALÃES, P. J. C.; SANTOS A. A. dos; VALE, M. R. O papel do teatro na divulgação científica: A experiência da Seara da Ciência. Revista Ciencia e Cultura, São Paulo, v.57, n.4, p. 31-32, 2005.

MOREIRA, M. A; OSTERMANN, F. Sobre o Ensino do Método Científico. Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre – RS, 1993

NASCIMENTO, P. N.; LOGUERCIO, R. de Q.. Articulações entre as Discussões de Gênero e o Ensino de Ciências: Uma Proposta de Pesquisa. Encontro de Debates sobre o Ensino de Química, 2013.

PÉREZ, D. G. et al. Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação (Bauru) [online]. São Paulo, v. 7, n. 2, p. 125-153, 2001.

REZNIK, G.; MASSARANI, L.; MOREIRA, I. de C. Como a imagem de cientista aparece em curtas de animação?. História, Ciências, Saúde-Manguinhos [online]. Rio de Janeiro, v. 26, n. 3, p. 753-777, 2019.

SANTOS, P. N. dos. Gênero e Ciências em três corpos de Maria. 2018. 108 f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências.) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

SCHIEBINGER, L. O feminismo mudou a ciência 2001? São Paulo: EDUSC, 2001.

SEDEÑO, E. P. Las mujeres en la historia de la ciência. Revista Quark, Barcelona, v. 27, n.27, p.1-11, 2003.

SILVA, F. F. da. Mulheres na ciência: vozes, tempos, lugares e trajetórias. 2012. 147f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde) – Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2012.

SOIHET, R. A pedagogia da conquista do espaço público pelas mulheres e a militância feminista de Bertha Lutz. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, v., n. 15, p. 97-117, 2000.

SOIHET, Rachel. Bertha Lutz e a Ascensão Social da mulher 1919-1937. 1974, 88f. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal Fluminense. Niterói.

SOUSA, L. G. P. de. Sombrio, Mariana Moraes de Oliveira e Lopes, Maria Margaret. Para ler Bertha Lutz. Cadernos Pagu, São Paulo, v. 1., n. 24, p. 315-325, 2005.

SOUZA, M. I. S.; MENDES, M. F. A. A formação científica e profissional das mulheres no Brasil: a contribuição de Bertha Lutz. Revista História da Ciência e Ensino, Rio de Janeiro, v. 18, n.18, p.22-46, 2018.

TOMAZI, A. L. et al. O que é e quem faz ciência? Imagens sobre a atividade científica divulgadas em filmes de animação infantil. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 11, n. 2, p. 335-353, 2009.

TOSI, L. Mulher e Ciência: a revolução científica, a caça às bruxas e a ciência moderna. Cadernos Pagu, Campinas/SP, v.10, n. 10, p. 369-397, 1998.

VITAL, A.; GUERRA, A. Implementação Da História Da Ciência No Ensino De Física: Uma Reflexão Sobre As Implicações Do Cotidiano Escolar. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 19, n.19, p.1-21, 2017.

Downloads

Publicado

2022-04-16

Como Citar

CORDEIRO, T. L.; SEPEL, L. M. N. Mulheres Na Ciência: o uso do teatro de fantoches como possibilidade para divulgar a cientista brasileira Bertha Lutz nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 1–24, 2022. DOI: 10.26843/rencima.v13n2a05. Disponível em: https://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/3516. Acesso em: 3 dez. 2023.

Edição

Seção

Artigos