A prática construcionista e o pensamento computacional como estratégias para manifestações do pensamento algébrico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26843/rencima.v10i4.2418

Palavras-chave:

Construcionismo, Pensamento Algébrico, Pensamento Computacional

Resumo

Nesse artigo é abordada a viabilidade da combinação de estratégias referentes ao construcionismo e pensamento computacional para promoção da educação algébrica. Com base em referencial teórico sobre essas vertentes teóricas, discute-se sobre como ambientes de aprendizagem que contemplem a resolução de problemas matemáticos na perspectiva construcionista podem favorecer a explicitação de aspectos necessários para o desenvolvimento do pensamento algébrico. Por fim, aborda-se como o uso de uma plataforma de programação visual pode auxiliar nesse processo. O cenário exposto permite perspectivar que atividades educativas que contemplam o desenvolvimento de aplicativos de execução de cálculos com a ferramenta App Inventor estimulam a manifestação do pensamento algébrico, justificado pelo fato de contemplar abstração, uso de linguagem simbólica e protagonismo discente de forma combinada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARCAVI, A. El desarrollo y el uso del sentido de los símbolos. Uno: Revista de didáctica de las matemáticas. Rioja, n. 44, p. 59-75, 2007. Disponível em:

<https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2240831>. Acesso em: 10 jan. 2018.

BONADIMAN, A. Álgebra no Ensino Fundamental: produzindo significados para as operações básicas com expressões algébricas. In: BÚRIGO, E. Z. et al. (Orgs). Matemática na escola: novos conteúdos, novas abordagens. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012. p. 99-118.

BRACKMANN, C.P. Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. 2017, 226 f. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Fundamental. Brasília, 2017. Disponível em: www.basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf.Acesso em: 10 jan. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/bncc-ensino- medio>. Acessoem: 18 jun. 2018.

CAI, J.; MOYER, J.C. Developing Algebraic Thinking in Earlier Grades: Some Insights from International Comparative Studies. In: GREENES, C.E.; RUBENSTEIN, R. (Eds.). Algebra and algebraic thinking in school mathematics. Reston: NCTM, 2008. p.169- 180.

CARRAHER, D.; BRIZUELA, B.M.; SCHLIEMANN, A. D. Bringing Out the Algebraic Character of Arithmetic: Instantiating Variables in Addition and Subtraction. In: CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR THE PSYCHOLOGY OF MATHEMATICS EDUCATION (PME), 24, 2000. Hiroshima. Anais... Hiroshima: PME, 2000, p. 145-152.

CAMPOS, F.R. Diálogo entre Paulo Freire e Seymour Papert: a prática educativa e as tecnologias digitais de informação e comunicação. 2009. 183 f. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2009.

CHAO, P. Exploring students' computational practice, design and performance of problem- solving through a visual programming environment. Computers&Education, v. 95, p. 202-215, 2016.

FERNANDES R. K.; SAVIOLI, A. M. P. D. Características de pensamento algébrico manifestadas por estudantes do 5º ano do ensino fundamental. Revista Paranaense de Educação Matemática - RPEM, Campo Mourão, PR, v.5, n.8, p.131-151, jan./jun. 2016. Disponível em: . Acessoem: 18 jan. 2018.

FERREIRA, M.C.N. Álgebra nos anos iniciais do ensino fundamental: uma análise dos documentos curriculares nacionais. REnCiMa, v. 8, n. 5, p.16-34, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.26843/rencima.v8i5.1247. Acesso em: 06 jun. 2019.

FESSAKIS, G.; GOULI. E.; MAVROUDI, E. Problem solving by 5–6 years old kindergarten children in a computer programming environment: A case study. Computers&Education, v. 63, p. 87-97, 2013.

FIORENTINI, D; MIORIN, M. A.; MIGUEL, A. Contribuição para um Repensar a Educação Algébrica Elementar. Pro-Posições, Campinas, v. 4, n. 1, p. 78 - 91, mar. 1993.

GODINO, J. D. et. al. Niveles de algebrización de laactividad matemática escolar. Implicaciones para laformación de maestros. Enseñanza de lasCiencias, v. 32, n. 1, p. 199-219, 2014.

GROENWALD, C. L. O.; BECHER, E. L. Características do pensamento algébrico de estudantes do Ensino Médio com equações do 1º grau. Acta Scientiae, Canoas, v. 12, n.1, p. 83-94, 2010.

ISRAEL, M.; et al. Supporting all learners in school-wide computational thinking: A cross- case qualitative analysis. Computers&Education, v. 82, p. 263-279, 2015.

JOHNSON, L., et al. NMC HorizonReport: EdiçãoEducaçãoBásica 2015. Austin, Texas: The New Media Consortium, 2015.

KIERAN, C. Learning and teaching algebra at the middle school through college levels. In: F. K. Lester (Ed.). Second handbook of research on mathematics teaching and learning. Charlotte, NC: Information Age. 2007, p. 707-762.

LYE, S. Y; KOH, J. H. L. Review on teaching and learning of computational thinking through programming: What is next for K-12? Computers in HumanBehavior, v. 41, p. 51-61, 2014.

MALTEMPI, M.V. Construcionismo: pano de fundo para pesquisas em informática aplicada à Educação Matemática. In: BICUDO, M.A.V.; BORBA, M. de C. (Orgs). Educação Matemática: pesquisa em movimento. 2. ed. Revisada. São Paulo: Cortez, 2005, p. 264-282.

MOREIRA, M. A. Teorias de aprendizagem. 2. ed. ampl. São Paulo: EPU, 2015.

PAPERT, S. Logo: Computadores e Educação. Tradução de José Armando Valente, Beatriz Bitelman e Afira Vianna Ripper. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1988.

PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Tradução de Sandra Costa. Porto Alegre: Artmed, 2008.

PEDERSEN, I. F. What characterizes the algebraic competence of norwegian upper secondary school students? Evidence from TIMSS advanced. International Journal of Science and Mathematics Education, v. 13, n. 1, p. S71-S96, 2015.

RODRIGUES, I. C., PIRES, C. M. C. Um mapeamento de teses e dissertações que abordam o ensino e a aprendizagem da álgebra no ensino fundamental no Brasil. REnCiMa, v. 8, n. 2, p.162-182, 2017. Disponível em:

https://doi.org/10.26843/rencima.v8i2.1181. Acesso em: 06 jun. 2019.

SÁEZ-LÓPEZ, J. M.; ROMÁN-GONZALEZ, M.; VÁZQUEZ-CANO, E. Visual programming languages integrated across the curriculum in elementary school: A two year case study using “Scratch” in five schools. Computers & Education, v. 97, p. 129-141, 2016.

SANTOS, C. F. R. dos. A robótica educacional como recurso de mobilização e explicitação de invariantes operatórios na resolução de problemas. 2018. 189 f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciência e Tecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2018.

SUSAC, A. et al. Development of abstract mathematical reasoning: the case of algebra. Frontiers in HumanNeuroscience, v. 8, set. 2014.

VALENTE, J.A. Diferentes usos do computador na educação. In: Computadores e conhecimento: repensando a educação. 1. ed. Campinas, NIED. Unicamp, 1993.

VALENTE, J. A. O uso inteligente do computador na educação. Pátio Revista Pedagógica. Editora: Artes Médicas Sul, ano 1, v. 1, p. 19-21, 1997.

VALENTE, J. A. Análise dos diferentes tipos de softwares usados na educação. In: (Org.). O computador na sociedade do conhecimento. Campinas, SP: Gráfica da UNICAMP, 1999, cap. 4. p. 187-208.

VALENTE, J.A. A espiral da aprendizagem e as tecnologias da informação e comunicação: repensando conceitos. In: JOLY, M.C.R.A. (Org.) A tecnologia no ensino: implicações para a aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002, cap. 1, p. 16-37.

VALENTE, J.A. A espiral da espiral da aprendizagem: o processo de compreensão do papel das tecnologias de informação e comunicação na educação. 2005, 232 f. Tese (Livre Docência). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.

VALENTE, J. A. Integração do Pensamento Computacional no currículo da Educação Básica: diferentes estratégias usadas e questões de formação de professores e avaliação do aluno. Revista e-Curriculum, v. 14, n. 3, 2016.

VALENTE, J. A. et al. Alan Turing tinha Pensamento Computacional? Reflexões sobre um campo em construção. Tecnologias Sociedade e Conhecimento, Campinas, v. 4, dez. 2017. Disponível em <http://www.nied.unicamp.br/ojs/index.php/tsc/article/view/185/191>. Acesso em: 18 jan. 2018.

VIEIRA, M. F. V.; SANTANA, A.L.M.; RAABE, A.L.A. Do Logo ao Pensamento Computacional: o que se pode aprender com os resultados do uso da linguagem Logo nas escolas brasileiras. Tecnologias, Sociedade e Conhecimento, Campinas, v. 4, n. 1, p. 82-106, dez. 2017. Disponível em . Acessoem: 12 jan. 2018.

WILKERSON-JERDE, M. H. Construction, categorization, and consensus: student generated computational artifacts as a context for disciplinary reflection. Educational Technology Research and Development, v. 62, n. 1. p. 99-121, fev. 2014.

WING, J. M. Computational Thinking. Communications of the ACM, v. 49, n. 3, p. 33-35, 2006.

WING, J. M. Computational thinking and thinking about computing. Philosophical transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, v. 366, n. 1881, p. 3717-3725, 2008.

WING, J. M. Computational Thinking Benefits Society. Social Issues in Computing, 2014. Disponível em: <http://socialissues.cs.toronto.edu/2014/01/computational-thinking/>. Acesso em: 25 out. 2018.

Downloads

Publicado

2019-07-18

Como Citar

DUDA, R.; PINHEIRO, N. A. M.; SILVA, S. de C. R. da. A prática construcionista e o pensamento computacional como estratégias para manifestações do pensamento algébrico. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 10, n. 4, p. 39–55, 2019. DOI: 10.26843/rencima.v10i4.2418. Disponível em: https://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/2418. Acesso em: 30 nov. 2023.

Edição

Seção

Artigos