Sobre o papel dos signos em atividades de Modelagem Matemática
DOI:
https://doi.org/10.26843/rencima.v8i3.1227Palavras-chave:
Modelagem Matemática, Semiótica, Funções dos signosResumo
Envolvidos com atividades de modelagem matemática os alunos têm oportunidade de utilizar e/ou produzir signos associados à situação, ao problema, aos objetos matemáticos e à resposta reconhecida como uma solução para o problema. A caracterização de signo é pautada na concepção de Charles Sanders Peirce – de que signo é algo que está no lugar de outra coisa – e, nas assertivas de Heinz Steinbring, de que o signo tem duas funções, uma função semiótica e uma função epistemológica. Com o propósito de investigar o papel dos signos nos encaminhamentos dados pelos alunos na busca por solução para o problema, apresentamos uma atividade de modelagem matemática, identificando os signos utilizados e/ou produzidos por eles. Como resultado inferimos que os signos, associados às suas funções semiótica e epistemológica, se complementam, indicando que além dos signos representarem algo que os alunos pretendem comunicar, sinalizam mobilização e/ou produção de conhecimento acerca do que o signo representa.
Downloads
Referências
ALMEIDA, L. M. W. de. Um olhar semiótico sobre modelos e modelagem: metáforas como foco de análise. Zetetikè. FE – Unicamp. Campinas, v.18, número temático, p. 387-414, 2010.
ALMEIDA, L. M. W. de; SILVA, K. A. P. da; VERTUAN, R. E. Modelagem Matemática na Educação Básica. São Paulo: Contexto, 2012.
ALMEIDA, L. M. W. de; SILVA, K. A. P. da. Semiótica e as ações cognitivas dos alunos em atividades de Modelagem Matemática: um olhar sobre os modos de inferência. Ciência & Educação, v. 18, n. 3, p. 623-642, 2012.
CARREIRA, S. Where there’s a model, there’s a metaphor: Metaphorical thinking in students’ understanding of a mathematical model. Mathematical Thinking and Learning, v. 3, n. 4, p. 261-287, 2001.
HOFFMANN, M. H. G. What is a “semiotic perspective”, and what could it be? Some comments on the contributions to this special issue. Educational Studies in Mathematics, 61. Springer, pp. 279-291, 2006.
KEHLE, P.; CUNNINGHAM, D. J. Semiotic and Mathematical Modeling. In: International Journal of Applied Semiotics, v. 3, n. 1, p. 113-129, 2000.
KEHLE, P.; LESTER, F. K. Jr. A semiotic look at modeling behavior. In: LESH, R.; DOERR, H. M.; Beyond constructivism: Models and Modeling Perspectives on Mathematics Problem Solving, Learning and Teaching. Hillsdale, N.J.: Erlbaum, p. 97- 122, 2003.
NÖTH, W. Panorama da semiótica: de Platão a Peirce. 4. ed., São Paulo: Annablume, 2008.
OTTE, M. Mathematical epistemology from a semiotic point of view. In: PME International Conference, 25, Universityof Utrecht, The Netherlands, 2001.
PEIRCE, C. S. Semiótica e Filosofia: textos escolhidos. Tradução de Octanny Silveira da Mota e Leonidas Hegenberg. São Paulo: Cultrix, 1972.
PEIRCE, C. S. Semiótica. Tradução de José Teixeira Coelho Neto. 1. reimpr. da 4. ed. de 2010. v. 46, São Paulo: Perspectiva, 2012. (Estudos)
SANTAELLA, L. A teoria geral dos signos: como as linguagens significam as coisas. 4. reimpr. da 1. ed. de 2000. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
SANTAELLA, L. Semiótica aplicada. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
SEEGER, F. Beyond the Dichotomies – Semiotics in Mathematics Education Research. ZDM (Zentralblattfür Didaktik der Mathematik) – The International Journal on Mathematics Education, Karlsruhe, v. 36, n. 6, pp. 206-216, 2004.
SILVA, K. A. P. da. Modelagem Matemática e Semiótica: algumas relações. Dissertação (Mestrado) – Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008.
SILVA, K. A. P. da. Uma interpretação semiótica de atividades de Modelagem Matemática e Semiótica: implicações para a atribuição de significado. Tese (Doutorado)– Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013.
SILVA, K. A. P. da.; VERONEZ, M. R. D. Um olhar semiótico sobre a Modelagem Matemática. In: ALMEIDA, L. M. W. de; SILVA, K. A. P. da.(orgs.) Modelagem Matemática em Foco. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., p. 79-104, 2014.
STEINBRING, H. Basic Characteristics of Algebraic Thinking: Signs as Descriptors vs. Signs as Creators. CERME – Congress of the european society for research in mathematics education, 6, Proceedings… Institut Français de L’Éducation. Lyon: France, 2009.
STEINBRING, H. How do Mathematical Symbols Acquire their Meaning? In: Hans-Georg Weigand, Neville Neill, Andrea Peter-Koop, Kristina Reiss, Günter Törner, Bernd Wollring (Eds.): Developments in Mathematics Education in German-speaking Countries. Selected Papers from the Annual Conference of Didactics of Mathematics, Bern, 1999.Franzbecker: Hildesheim, S. pp. 113-123, 2002.
STEINBRING, H. The construction of new mathematical knowledge in classroom interaction.An epistemological perspective. Mathematics Education Library, v. 38, New York: Springer, 2005.
STEINBRING, H. What makes a sign a Mathematical Sign? an epistemological perspective on mathematical interaction. Educational Studies in Mathematics. Springer, v. 61, p. 133-162, 2006.
VERONEZ, M. R. D. As funções dos signos em atividades de Modelagem Matemática. Tese (Doutorado) – Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013.
WILLIAMS, J.; WAKE, G. Metaphors and models in translation between college and wokplace Mathematics. Educational Studies in Mathematics. v. 64, p. 345-371, 2007.