Quebradeiras de coco de babaçu:Raízes culturais ameríndias e africanas presentes nas estratégias de produção e luta em prol da preservação dos babaçuais da Amazônia (1989 a 2010)

Resumo

Esta pesquisa pretende desenvolver, dentro de uma perspectiva interdisciplinar (com destaque para uma abordagem histórico/antropológica e para perspectiva de gênero), análises sobre as permanências e transformações nas ações cotidianas das mulheres quebradeiras de coco de babaçu, situadas no Médio Mearim (Maranhão). As mulheres, foco desta pesquisa, descendentes de ameríndios e africanos, encontram-se organizadas em movimentos sociais e associações que defendem práticas sustentáveis, tais como o agroextrativismo, a preservação da Floresta Amazônica secundária (que cobre cerca de dez mil hectares com babaçuais) e, principalmente, a valorização do trabalho feminino no campo e seus direitos fundamentais; particularmente a partir de um dos Programas da ONG ASSEMA - Comercialização Solidária. A pesquisa se justifica ao pretender dar destaque a ações como estas e promover uma investigação das raízes culturais presentes nas vidas cotidianas de 1990 a 2010.